Pós-pandemia, inovação no agro será fundamental, afirma diretor de TI

Devido à crise causada pela pandemia do novo coronavírus, muitas empresas têm priorizado projetos de curto prazo em detrimento de outros, de média e longa duração. “Em tempos de indefinições, é razoável verificar que poucas organizações focam em inovação. No entanto, o investimento em tecnologia indiscutivelmente será um fator transformador na cadeia de produção de alimentos após a pandemia”, entende André Donadel, diretor de T.I. do GenesisGroup, especializada em testes, inspeções, análises, certificações e rastreabilidade para a cadeia do agroalimento.

“Diante de todas as mudanças ocorridas nesse período, não tenho dúvidas de que a conformidade com as normas e leis, o chamado compliance, será um processo cada vez mais automatizado e, por extensão, necessário. Isso transformará a cadeia de alimentos de uma forma geral, agregando valor e trazendo mais transparência, considerando que ela será muito mais eficiente do que hoje”, avalia Donadel.

O diretor de T.I. do Genesis ressalta que a pandemia também provocará mudança nos hábitos de consumo. “Por isso, as empresas devem estar preparadas para atender às novas demandas que vão surgir. No Genesis, todos os processos tecnológicos em andamento continuam rodando apesar da crise. Paralelamente, desenvolvemos soluções automatizadas para o controle de qualidade da cadeia de grãos e frutas e verduras, que devem ser oferecidas no mercado ainda este ano”, diz.

Para André Donadel a inovação não necessariamente precisa agregar conceitos disruptivos a todo instante: “Temos projetos muito complexos rodando sim, mas nosso foco também abrange micro inovações. E elas apresentam resultados satisfatórios. Neste cenário de crise, o investimento em inovação, macro ou micro, é um dos pilares da sustentabilidade de qualquer negócio”.

O especialista do GenesisGroup lembra também que o distanciamento social potencializou o uso de ferramentas tecnológicas, levando os produtores rurais ainda mais para o mundo digital. “O agro que sempre teve a característica da presença física nos negócios está se transformando. Os produtores inevitavelmente estarão aptos a pensar mais em processos digitais inovadores, tendo a consciência de que estando mais próximo das novas tecnologias estará um passo à frente em termos de eficiência,” ressalta.

Foto de Wenderson Araujo, CNA Brasil