Mercado de irrigação cresce e apresenta resultados

A Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação (CSEI), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), realizou pesquisa em que demonstra que de 2000 a 2018, o total da área irrigada foi de 6.023.087 contra 5.822.337 hectares em 2017, o que representa aumento de 3,45%. Em 2018, a área irrigada foi de 200.750 mil hectares. E a expectativa é de crescimento ainda mais expressivo caso a economia venha a mostrar sinais de reativação.

Guilherme Souza

Confiantes nesse cenário, as empresas de equipamentos para irrigação seguem investindo em tecnologia e novas soluções. Exemplo é a Rivulis, especialista mundialmente reconhecida em gotejamento, microirrigação e fertirrigação no mundo, que, em 2018, “cresceu 9,5%, ampliou seu share em 3% e conquistou 318 novos clientes. Para 2019, temos a expectativa de crescer, além dos 12% (média anual atingida nos últimos quatro anos), afinal, o mercado brasileiro já está atento à métodos de irrigação mais eficientes de olho na economia de água e incremento da produtividade. Além das áreas irrigadas crescerem no Brasil a uma ordem média de 7% ao ano,está acontecendo a migração de produtores já irrigantes para o método de gotejamento, na qual é nossa expertise”, descreve o Guilherme Souza, gerente comercial da Rivulis no Brasil.

Acesso via satélite – A confiança no mercado brasileiro – segundo Souza – levou a empresa a trazer para o Brasil a solução Manna Irrigation, um sistema de monitoramento de lavouras via satélite, que permite ao agricultor saber qual área da propriedade necessita de água e a quantidade exata. “O programa faz uma varredura via satélite de toda a área plantada, indicando ao produtor qual parte da plantação precisa de mais ou menos irrigação. A instalação é fácil, é só definir seus campos, culturas e data de plantio. Em 24 horas, o sistema está pronto para fornecer recomendações de irrigação para cada zona de irrigação”, garante, frisando que “a tecnologia é exclusiva Rivulis e possui interface aberta que permite integração com outros tipos de irrigação e pode ser operado de qualquer lugar onde o produtor estiver”.

Utilizado em mais de 40 tipos de culturas no mundo – a solução foi implantada em Israel, Austrália, Turquia, EUA, entre outros –, no Brasil, o Manna “já comprovou sua eficiência em grãos, café, banana, algodão feijão e silvicultura. Já são mais de 3 mil hectares ativos sendo monitorados pela ferramenta. O sistema é acessado nas nuvens, dispensando sensores de solo, o custo de investimentos extras e até mesmo o risco de furtos ou degradação. Sua utilização se dá por assinatura anual, de US$ 10 por hectare”, explica o gerente comercial da Rivulis no Brasil.

Aplicação de inteligência a sistemas de irrigação não é novidade para a empresa, que investe continuamente na gestão do uso da água e na automatização dos processos, até como forma de reduzir custos de operação, afinal, como informa Souza, quando a operação de filtragem é feita toda automaticamente, “são 4 horas de mão de obra a menos por dia a filtragem, além de evitar acionamentos desnecessários do sistema de bombeamento gerando economia de até 7% de energia”.

Lapão: resultados positivos – Entre os casos de sucesso da empresa no Brasil, Souza cita resultados obtidos no semiárido baiano, na região de Lapão, que se tornou um polo na horticultura. “O ano de 2017 foi o que menos choveu na região de Irecê, na Bahia e, mesmo assim, a produção de cebola, tomate, cenoura e beterraba, só cresceu, e por causa da fertirrigação, que garantiu maior produtividade, padronização nos produtos e melhoria da sanidade. Ao todo, são plantados 6,9 mil hectares irrigados e no tomate, têm alcançado entre 70 a 120 toneladas por hectare. A irrigação em geral, permite manter a produção independente do clima. Já a microirrigação somada à fertirrigação potencializa a produtividade trazendo ganhos que o produtor não tinha antes de adotá-la” ressalta o gerente comercial.

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